XXIV Simpósio de Mirmecologia

Olá pessoal,
Quem aí já tá ansioso pra saber mais sobre o XXIV Simpósio de Mirmecologia que vai rolar em BH entre os dias 30/09 e 04/10? O site e as primeiras informações já estão no ar. Agora e só acompanhar, se inscrever, se preparar e esperar por este evento que promete ser espetacular.
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Guia para Gêneros de Formigas do Brasil

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A versão em pdf do Guia para Gêneros de Formigas do Brasil está disponível no site do PPBio INPA.

O livro (extremamente aguardado pela comunidade Mirmecológica) é fruto de uma parceria de vários pesquisadores provenientes de diversas instituições do Brasil e já é uma obra indispensável para aqueles que estudam as formigas brasileiras. É possível também conferir um pouco desta história em: https://www.facebook.com/groups/formigasdobrasil/permalink/925314674229914/

Guia para Gêneros de Formigas do Brasil – Baccaro et al. 2015. Acesse em: https://ppbio.inpa.gov.br/…/…/files/Guia_Formigas_2015_0.pdf

Scientia UFPR TV – Formigas

O programa Scientia da UFPR TV trouxe, recentemente, uma matéria realizada com o Laboratório de Sistemática e Biologia de Formigas da Universidade Federal do Paraná. O laboratório, sob coordenação do Prof. Dr. Rodrigo Feitosa, foi convidado pela equipe do programa para falar um pouco sobre a importância de formigas e seu papel em ecossistemas terrestres. O programa mostra ainda a rotina do laboratório e alguns dos resultados dos trabalhos desenvolvidos pela equipe. Abaixo vocês podem conferir a reportagem dividida em duas partes.

Parte I

Parte II

Novidades na Taxonomia de Formigas

Via: Formigas do Brasil

Caros mirmecólogos,

O ano de 2014 está se mostrando um divisor de águas para a taxonomia de formigas. Além dos novos gêneros descritos e já divulgados aqui, duas propostas recentes alteram drasticamente a classificação de táxons tradicionais de formigas, com grande impacto para todos os que atuam na área.

Brady et. al. (2014) recentemente apresentaram uma abrangente filogenia molecular sobre as formigas dorilomorfas e, com base nos resultados, propuseram uma extensa sinonímia de subfamílias neste complexo. As subfamílias que até então reconhecíamos como Cerapachyinae, Ecitoninae e Leptanilloidinae deixam de ser válidas e passam a ser sinônimos de Dorylinae.

Hoje, finalmente, foi publicado o tão esperado trabalho de Schmidt & Shattuck com a reclassificação da subfamília Ponerinae. O principal impacto deste trabalho diz respeito ao desmembramento do gênero Pachycondyla, há muito anunciado e aguardado. As formigas que chamávamos por este nome aqui no Brasil passam a ser representadas por cinco gêneros: Pachycondyla, Mayaponera, Neoponera, Pseudoponera e Rasopone.

A série de alterações na classificação de formigas deve seguir neste ano com a publicação (assim espero!) dos resultados do meu trabalho de Doutorado, no qual proponho que a subfamília Heteroponerinae seja sinonimizada sob Ectatomminae. Assim, em 2014, quatro subfamílias deixam de ser válidas para a mirmecofauna brasileira e, até o momento, seis novos gêneros são adicionados.

Sei que para os colegas de outras áreas que estão finalizando artigos, dissertações e teses estas notícias podem soar desesperadoras. Quem já foi meu aluno em disciplinas, cursos ou palestras sabe que eu costumo encerrar as aulas dizendo que o meu é provavelmente o curso mais ingrato a ser oferecido em mirmecologia, pois momentos após a última aula, o curso normalmente já está desatualizado! Essa realidade nunca foi tão verdadeira! Ainda assim, é com prazer que divido com vocês uma impressão que tenho sobre o atual cenário taxonômico da mirmecologia do Brasil. Nunca tivemos tantos alunos trabalhando em taxonomia de formigas como na geração atual! Mais que alunos, os estudantes a que me refiro pertencem a uma geração extremamente talentosa e que deve contribuir de uma forma sem precedentes para o conhecimento taxonômico das formigas brasileiras e do mundo, obviamente. São mais pesquisadores com os quais os colegas poderão contar para melhorar a qualidade e precisão de suas identificações.

Essa é a dinâmica da sistemática, senhores. À medida em que as ferramentas de análise evoluem e o conhecimento taxonômico se acumula, novas propostas de classificação surgem, cada vez mais estáveis e precisas, contribuindo para a qualidade das inferências feitas em todas as áreas do conhecimento científico. Essa é a nossa missão!

Perdão pela postagem ridiculamente longa! Como dica final para quem quer passar a conhecer as nossas formigas já sob o prisma desta nova classificação taxonômica: Curso Formigas do Brasil 2014! 

Abraços!

Rodrigo Feitosa